Retorno feliz de Tatipirun.
Gancho e seus piratas, na taberna,
embriagados de ira e rum
fazem tremenda baderna.
Numa região de mata fechada
saltitava serelepe na estrada, juro que vi,
enquanto cantava forte a passarada
de pito e carapuça, juro, era um saci.
Tic tac tic tac vai, vai, o coelho
veloz como o cavalo de Atreyu.
Se não fosse este machucado no joelho
eu disputaria com ele quem chegava primeiro.
Lá pras bandas do Jacaré
vi o travesso Fernando.
Mas será possível, meu São José,
se a pouco ele estava no rio nadando!?
O fogaréu lambe o canavial.
Tanta fumaça me entope o nariz.
Na sala assistem ao Jornal Nacional
no quarto, desenhos com lápis e giz.
Falam-me coisas que não entendo
prefiro seguir, pé no chão e peito aberto.
Na cama, gozo o tempo escrevendo
ouvindo no toca-disco canções do Roberto.
Texto: Raphael Cerqueira Silva
Foto: CCBM, Juiz de Fora, outubro de 2019 (acervo do autor)
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