quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Travessuras

 

Retorno feliz de Tatipirun.

Gancho e seus piratas, na taberna,

embriagados de ira e rum

fazem tremenda baderna.

 

Numa região de mata fechada

saltitava serelepe na estrada, juro que vi,

enquanto cantava forte a passarada

de pito e carapuça, juro, era um saci.

 

Tic tac tic tac vai, vai, o coelho

veloz como o cavalo de Atreyu.

Se não fosse este machucado no joelho

eu disputaria com ele quem chegava primeiro.

 

Lá pras bandas do Jacaré

vi o travesso Fernando.

Mas será possível, meu São José,

se a pouco ele estava no rio nadando!?

 

O fogaréu lambe o canavial.

Tanta fumaça me entope o nariz.

Na sala assistem ao Jornal Nacional

no quarto, desenhos com lápis e giz.

  

Falam-me coisas que não entendo

prefiro seguir, pé no chão e peito aberto.

Na cama, gozo o tempo escrevendo

ouvindo no toca-disco canções do Roberto.



Texto: Raphael Cerqueira Silva 

Foto: CCBM, Juiz de Fora, outubro de 2019 (acervo do autor)  

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