A crônica de hoje é quase uma prestação de contas. Não chega a ser tecnicamente uma prestação de contas. É, na verdade, uma justificativa para a falta da crônica desta quinta-feira. Justifico e, ao mesmo tempo, peço desculpas àquele que me segue semanalmente. Para não frustrar o nobre leitor - que espera ansioso por minhas simplórias e, às vezes, nostálgicas palavras - faço esta prestação de contas da semana que ainda não findou.
Dileto leitor, a crônica carece de originalidade porque desde quinta-feira passada fiquei trabalhando um miniconto. Há três semanas participo de uma oficina on-line de textos com a Marina Colasanti. Como tarefa de casa, tive que elaborar o miniconto, que precisava ser enviado para avaliação. Como o leitor deve saber, escrevo muito. Alguns me chamarão de prolixo. Talvez eu seja. Como ainda não me rotulei, não sei... Produzir um conto de até duas laudas, confesso, não foi fácil. Ainda mais sabendo que seria lido e criticado, ao vivo, pelo Zoom.
Enviei o conto na segunda à tarde. Não, curioso leitor, não revelarei o enredo, sequer seu título. E muito menos a opinião da Marina. Segredos de alcova, ou melhor, de sala de aula, enxerido leitor. Um dia, talvez, o publique aqui ou em algum livro. Aí então vai conhecê-lo... Voltando à oficina de textos, ontem foi a última aula.
Ah, então porque você não escreveu a crônica na terça, seu preguiçoso? Ataca-me o leitor mais impaciente. Não o recrimino. Assim como eu, ele também é uma vítima desses tempos que nos cobram velocidade, jogando-nos num estado de impaciência absurdo. Mas, me justifico: na terça estava de novo no Zoom, participando de uma mesa com os autores Sidney Rocha e José Pacheco. Participando como ouvinte, é bom esclarecer. Tema: solidão. Tá na cara que eu não ia perder, né. A equipe do Instituto Estação das Letras - IEL - está de parabéns, foi uma conversa fértil e agradável.
Cursos durante as noites. Os dias usei para revisar um conto que há muito me atormentava o espírito e também para visitar dois amigos: o Machado e o Paulo. Ah, o curioso leitor não os conhece? Conhece, sim, só não está ligando os nomes às personalidades. Machado é o nosso querido Joaquim Maria Machado de Assis. Reli da sua safra as deliciosas Memórias Póstumas de Brás Cubas, que não lia há mais de uma década. Eu precisava ouvir novamente Brás Cubas, passear pelo Rio de Janeiro dos tempos imperiais, rever Marcela.
O segundo amigo que revisitei foi o Paulo. O Paulo, leitor, aquele... Sim, o Mago. Deixei a casa do Bruxo do Cosme Velho para cair na sala do Paulo Coelho. Reli seu Manuscrito encontrado em Acra e Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei. Voltar a um livro nunca é a mesma experiência. Como diria o Machado, é assaz proveitoso. Se o leitor se interessa por resenhas, leia-as no meu perfil no Instagram.
Entre tantas viagens e regressos ainda passeei pela Índia com Rudyard Kipling (O Homem que queria ser rei), pelos EUA dos anos 1950/1960 com Silvia Plath (A Redoma de vidro), dei um role em Patópolis (relendo Os Amigos, edição que ganhei de presente em dezembro de 1991), revisei uma crônica para a Revista Vicejar (vou enviar para publicação em dezembro), comecei a ver The Crown na Netflix e às terças e quintas fico igual macaco de auditório esperando o The Voice Brasil (esse ano sou #timelulu).
Com a agenda cheia e a mente povoada de personagens, vozes e palavras não dava mesmo para ser muito original na crônica desta quinta-feira. Assim, feita as devidas justificativas e prestações de contas, me despeço do leitor. Domingo, creio, teremos uma crônica melhorzinha. Não prometo. Porque o último homem que prometeu se ferrou bonito.
Dileto leitor, a crônica carece de originalidade porque desde quinta-feira passada fiquei trabalhando um miniconto. Há três semanas participo de uma oficina on-line de textos com a Marina Colasanti. Como tarefa de casa, tive que elaborar o miniconto, que precisava ser enviado para avaliação. Como o leitor deve saber, escrevo muito. Alguns me chamarão de prolixo. Talvez eu seja. Como ainda não me rotulei, não sei... Produzir um conto de até duas laudas, confesso, não foi fácil. Ainda mais sabendo que seria lido e criticado, ao vivo, pelo Zoom.
Enviei o conto na segunda à tarde. Não, curioso leitor, não revelarei o enredo, sequer seu título. E muito menos a opinião da Marina. Segredos de alcova, ou melhor, de sala de aula, enxerido leitor. Um dia, talvez, o publique aqui ou em algum livro. Aí então vai conhecê-lo... Voltando à oficina de textos, ontem foi a última aula.
Ah, então porque você não escreveu a crônica na terça, seu preguiçoso? Ataca-me o leitor mais impaciente. Não o recrimino. Assim como eu, ele também é uma vítima desses tempos que nos cobram velocidade, jogando-nos num estado de impaciência absurdo. Mas, me justifico: na terça estava de novo no Zoom, participando de uma mesa com os autores Sidney Rocha e José Pacheco. Participando como ouvinte, é bom esclarecer. Tema: solidão. Tá na cara que eu não ia perder, né. A equipe do Instituto Estação das Letras - IEL - está de parabéns, foi uma conversa fértil e agradável.
Cursos durante as noites. Os dias usei para revisar um conto que há muito me atormentava o espírito e também para visitar dois amigos: o Machado e o Paulo. Ah, o curioso leitor não os conhece? Conhece, sim, só não está ligando os nomes às personalidades. Machado é o nosso querido Joaquim Maria Machado de Assis. Reli da sua safra as deliciosas Memórias Póstumas de Brás Cubas, que não lia há mais de uma década. Eu precisava ouvir novamente Brás Cubas, passear pelo Rio de Janeiro dos tempos imperiais, rever Marcela.
O segundo amigo que revisitei foi o Paulo. O Paulo, leitor, aquele... Sim, o Mago. Deixei a casa do Bruxo do Cosme Velho para cair na sala do Paulo Coelho. Reli seu Manuscrito encontrado em Acra e Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei. Voltar a um livro nunca é a mesma experiência. Como diria o Machado, é assaz proveitoso. Se o leitor se interessa por resenhas, leia-as no meu perfil no Instagram.
Entre tantas viagens e regressos ainda passeei pela Índia com Rudyard Kipling (O Homem que queria ser rei), pelos EUA dos anos 1950/1960 com Silvia Plath (A Redoma de vidro), dei um role em Patópolis (relendo Os Amigos, edição que ganhei de presente em dezembro de 1991), revisei uma crônica para a Revista Vicejar (vou enviar para publicação em dezembro), comecei a ver The Crown na Netflix e às terças e quintas fico igual macaco de auditório esperando o The Voice Brasil (esse ano sou #timelulu).
Com a agenda cheia e a mente povoada de personagens, vozes e palavras não dava mesmo para ser muito original na crônica desta quinta-feira. Assim, feita as devidas justificativas e prestações de contas, me despeço do leitor. Domingo, creio, teremos uma crônica melhorzinha. Não prometo. Porque o último homem que prometeu se ferrou bonito.
Texto: Raphael Cerqueira Silva
Foto: acervo do autor (Museu de Arte Murilo Mendes, Juiz de Fora, 06/2019)
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